O BANDIDO DA LUZ VERMELHA
UM HERÓI DO CINEMA MARGINAL
Resumo
Este artigo propõe uma análise crítica do filme O bandido da luz vermelha (1968), de Rogério Sganzerla, investigando as estratégias formais e discursivas pelas quais o protagonista, Jorge, é configurado como uma figura ambígua de herói-marginal. A partir da articulação entre ironia, colagem de gêneros cinematográficos e paródia da linguagem jornalística, o filme constrói uma alegoria da crise da identidade nacional no contexto de um Brasil periférico e pós-golpe. Ao tensionar os paradigmas do Cinema Novo e incorporar materiais da cultura de massas, a obra inscreve-se no projeto estético-político do Cinema Marginal, recusando soluções teleológicas e investindo na fragmentação narrativa e subjetiva como formas críticas de exposição da miséria e da violência urbana. A análise se apoia nas leituras de Ismail Xavier e Paulo Emílio Salles Gomes, que situam o filme no âmago da transformação do cinema brasileiro nos anos 1960. O artigo propõe ainda uma aproximação entre o filme e a obra plástica de Hélio Oiticica.
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