O ATOR-EMANCIPADO E O CINEMA EM CASA

Autores

  • Ricardo Di Carlo Ferreira Universidade Estadual do Paraná

Resumo

Este artigo explora o conceito de ator-emancipado no contexto do cinema independente, com ênfase na autorrealização artística e na criação de narrativas cinematográficas a partir de estruturas mínimas, como o ambiente doméstico. Analisando minha trajetória como ator e cineasta, apresento a prática do "cinema em casa" como uma forma de emancipação artística, na qual a automostração e a emancipação criativa são centrais. Obras como Morte Súbita (2014), L’acteur (2020) e Eu, Andrei, Não Te Amo Mais (2021) exemplificam como é possível realizar filmes de qualidade narrativa e estética fora das estruturas hegemônicas de produção. O estudo utiliza uma abordagem analítico-reflexiva, ancorada nas teorias emancipatórias de Jacques Rancière e Norbert Elias, para discutir como a prática cinematográfica independente transforma o espaço doméstico em um laboratório de experimentação artística. Como resultado, demonstra-se que o "cinema em casa" não apenas amplia a acessibilidade à produção audiovisual, mas também desafia padrões hegemônicos, promovendo representações diversas, como masculinidades não hipermasculinizadas. O artigo conclui que essa prática é um caminho viável e transformador para atores que buscam protagonismo autoral no cinema contemporâneo.

Biografia do Autor

  • Ricardo Di Carlo Ferreira, Universidade Estadual do Paraná

    Mestrando em Cinema e Artes do Vídeo, pelo Programa de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo (PPG-CINEAV) da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Especialista em Metodologia do Ensino de Artes, pela UNINTER. Graduado em Teatro, também, pela UNESPAR. Membro do Grupo de Pesquisa Eikos: imagem e experiência estética (UNESPAR/PPG-CINEAV/CNPq). Bolsista pela Fundação Araucária. Ator e realizador em teatro, cinema e vídeo. E-mail: ricodicarlo@gmail.com 

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Publicado

2025-03-05