O ATOR-EMANCIPADO E O CINEMA EM CASA
Resumo
Este artigo explora o conceito de ator-emancipado no contexto do cinema independente, com ênfase na autorrealização artística e na criação de narrativas cinematográficas a partir de estruturas mínimas, como o ambiente doméstico. Analisando minha trajetória como ator e cineasta, apresento a prática do "cinema em casa" como uma forma de emancipação artística, na qual a automostração e a emancipação criativa são centrais. Obras como Morte Súbita (2014), L’acteur (2020) e Eu, Andrei, Não Te Amo Mais (2021) exemplificam como é possível realizar filmes de qualidade narrativa e estética fora das estruturas hegemônicas de produção. O estudo utiliza uma abordagem analítico-reflexiva, ancorada nas teorias emancipatórias de Jacques Rancière e Norbert Elias, para discutir como a prática cinematográfica independente transforma o espaço doméstico em um laboratório de experimentação artística. Como resultado, demonstra-se que o "cinema em casa" não apenas amplia a acessibilidade à produção audiovisual, mas também desafia padrões hegemônicos, promovendo representações diversas, como masculinidades não hipermasculinizadas. O artigo conclui que essa prática é um caminho viável e transformador para atores que buscam protagonismo autoral no cinema contemporâneo.
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